Emagrecer com saúde. Quem nunca ouviu falar dessa fórmula? Foi pensando nesse método que a Secretaria de Saúde de Vera Cruz passou a oferecer Grupos de Reeducação Alimentar. Pode até não parecer, mas o município tem alta incidência de obesidade. De posse desse dado, o Núcleo Ampliado de Saúde da Família – Atenção Básica – NASF AB proporciona encontros com profissionais de diferentes áreas para orientar o emagrecimento saudável.
“Me sinto realizada, em todos os sentidos. Minha vida mudou muito, principalmente a autoestima. A saúde então, nem se fala”, relata Claudete Sehnem. Ela perdeu 8,3 Kg. No mesmo grupo que ela participa está Danilo da Silva. Ele estava com atrofia muscular e por isso sofria com dificuldades na locomoção. “Houve um avanço grande, até nas pequenas atividades do dia a dia”, comemora, depois de perder 12 quilos.
O caso de maior de sucesso do trabalho é de Márcia Reuter, moradora do Bairro Esmeralda. Ela foi trazida pelo filho em novembro de 2017. Até outubro desse ano, com a reeducação alimentar e exercícios físicos, ela perdeu 46 quilos. Mesmo com os exemplos, nem todos têm a mesma persistência e as profissionais que auxiliam os grupos estudam formas de aumentar a adesão e também de manter a assiduidade dos participantes no próximo ano.
Os Grupos de Reeducação Alimentar são coordenados pela nutricionista Samia Nassere e contam ainda com a profissional de educação física Simony Fagundes e com a psicóloga Ana Paula Schäfer. “Os atendimentos ocorrem na Estratégia de Saúde da Família do Bairro Arco-íris, para os usuários daquela área de abrangência, e no Posto de Saúde Central, para todos os demais usuários, inclusive do interior. Além das orientações repassadas em três encontros, os participantes são acompanhados individualmente, de acordo com os encaminhamentos feitos nos grupos”, explica Samia.
“O grupo de reeducação alimentar é um espaço de acolhida. O trabalho psicológico não se dá em torno da alimentação em si, mas em fazer pensar sobre a relação que cada um estabelece com o alimento, se come por fome, por estar alegre, frustrado, ansioso. As pessoas podem falar sobre como se sentem em relação ao corpo e a saúde, refletindo sobre o lugar que a comida ocupa na vida e modificando os comportamentos que percebem como prejudiciais para sua saúde física e mental”, frisa Ana Paula.
Além do atendimento psicológico, ela também disponibilizou sessões de auriculoterapia aos pacientes. A técnica ajuda no controle da ansiedade e no tratamento de outras doenças. Da mesma forma a profissional de educação física Simony Fagundes proporcionou atividades de meditação e de ginástica e de caminhada. “Na prática de atividades físicas as pessoas são incentivadas ao autocuidado desde o começo do dia e a observar o quanto a prática regular de atividade física e o equilíbrio alimentar aceleram o metabolismo, resultando num maior gasto de calorias. Já a meditação guiada empodera as pessoas para que, através do autoconhecimento, possam fazer escolhas saudáveis, além de auxiliar no controle da ansiedade através da respiração correta”, salienta Simony.
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