O mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus está longe de Vera Cruz. Há dois anos, a Vigilância Sanitária do Município não encontra larvas do mosquito Aedes aegypti nos locais vistoriados. O laudo que comprova a situação foi emitido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde – CEVS, no dia 15 de março.
O documento aponta para 8.928 imóveis mais 45 pontos estratégicos frequentemente monitorados por dois Agentes de Endemias e 31 Agentes Comunitários de Saúde. A última vez em que uma larva de Aedes foi localizada na Capital das Gincanas ocorreu janeiro de 2016, na Rua Carlos Francisco. O mosquito jamais foi localizado em Vera Cruz. Mesmo assim, os cuidados devem ser mantidos.
Conforme o coordenador da Vigilância, veterinário André Mello Sant’Anna, toda semana são visitadas 22 armadilhas, instaladas na área central, e 23 pontos estratégicos (cemitérios, borracharias, lojas de matérias de construção e floriculturas). O trabalho é feito a cada sete dias, pois esse é período que a larva leva para tornar mosquito.
A chuva seguida de calor e abafamento são propícios para o mosquito, que se desenvolve somente em água limpa e parada. A comunidade também pode coletar larvas e trazer a até a Vigilância para análise. É o que deve ocorrer também com os locais público. O laudo aponta para a necessidade de treinamento de servidores em cada prédio.
A Secretária de Saúde, Liseana Palma Flores, explica que a capacitação vai permitir que o monitoramento seja feito por funcionários públicos. “Os agentes serão responsáveis apenas pela conscientização da população e pelo monitoramento de residências e pontos comerciais”, esclarece. Segundo ela, ainda deve ser criado o Comitê Municipal de Combate ao Aedes, com representantes do poder público e comunidade.