Atividade foi desenvolvida a fim de lembrar o dia 18 de maio, Dia da Luta Antimanicomial
Usuário do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Claudio Marcos Machado toca violão e anima os colegas. Há mais de dez anos ele utiliza do serviço municipal que o ajuda no combate à dependência química e problemas psicológicos. Nesta quinta-feira, dia 19, a equipe do CAPS proporcionou uma tarde diferente a alguns usuários na Praça José Bonifácio, em relevância ao dia 18 de maio, Dia da Luta Antimanicomial. Na tarde ensolarada, Claudio contou sua história, que se assemelha à de 580 pessoas que recebem atendimento por mês no CAPS de Vera Cruz.
Conforme a coordenadora do serviço, Inadjara Hickmann, o movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta dos direitos das pessoas com sofrimento mental. A data faz lembrar que como todo o cidadão, essas pessoas têm o direito à liberdade, de viver em sociedade, além de receber cuidados e tratamentos sem que para isso tenham que abrir mão do seu lugar de cidadãos. “A reforma psiquiátrica é uma política em construção, é um processo a ser implementado dia-a-dia e só se consolidará com a participação ativa das pessoas assistidas, dos profissionais, das entidades e da sociedade. Só assim, os caminhos do respeito à singularidade e subjetividade dos envolvidos nesse processo de mudança na forma de atendimento ao sofrimento mental, além de não sofrer interrupções, poderá avançar”, explica.
A função do CAPS é de prestar atendimento a pessoas com grave sofrimento psíquico, diminuindo e evitando internações psiquiátricas e articular com a rede de serviços da comunidade favorecendo a reinserção delas a este espaço. Ainda no dia 18, 53 pessoas entre funcionários e usuários do CAPS, participaram do 20° Fórum de Saúde Mental do Vale do Rio Pardo em Santa Cruz do Sul, no Parque da Oktoberfest. O evento envolveu música, apresentações artísticas e depoimentos. A representação de Vera Cruz veio por meio do Grupo de Música que entoou três músicas de seu repertório.